grupo resid(ê)ncia
teatro e audiovisual
montagens
OS CADERNOS - 2001
DIREÇÃO E ATUAÇÃO: Julliano Mendes
MÚSICA ORIGINAL E EXECUÇÃO MUSICAL: Hazenclever Luís
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Leonardo Magalhães
ILUMINAÇÃO: Marcelino RamosRomance, Comedy
Um espetáculo sem artificialismos, sincero e com boa performance do ator Julliano Mendes e do músico Hazenclever Luís. Assim foi a estréia na sexta feira, no Fringe, do espetáculo "Os Cadernos". "Os cadernos de Malte Laurids Brigge" foi escrito pelo poeta Rainer Maria Rilke entre 1904 e 1910, no momento em que passava por sérias dificuldades materiais e conflitos espirituais. Brigge, que sofre da mesma doença que vitimou sei avô, a "coisa grande", como ele a define, conclui que a morte é solitária, particular. Para compor o universo de Brigge, o espetáculo se utliza de elementos jocosos, música e mímica. O cenário é composto apelas por calçados e baldes d'água, simbolizando essa passagem de uma vida que carece da morte para ter sentido.
ROBERTO NICOLATO, Gazeta do Povo on line, Curitiba - 26/03/2001
elE, o outro - 2002
DIREÇÃO: Julliano Mendes
ATUAÇÃO: Julliano Mendes e Leonardo Magalhães
DRAMATURGIA: Guiomar de Grammont
MÚSICA ORIGINAL: Chiquinho de Assis
CENÁRIO E FIGURINO: Ines Linke
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Flaviano Souza e Silva
PRODUÇÃO: Leonardo Magalhães
(...) o público vai encontrar uma encenação singular. Para estudar, simultaneamente, a mitologia do demônio, tanto do ponto de vista do próprio quanto do ponto de vista de uma pessoa aparentemente comum, elE – O Outro opera ao mesmo tempo no nível de uma expressão corporal intensa e de uma palavra intensamente poética. As duas coisas não parecem correr paralelas, mas se integrar como pontos de vista distintos de um mesmo objeto. O texto é som (e, portanto, extensão do corpo), o gesto é narrativa (ou seja, elemento análogo ao verbal), num complexo em que apenas a poesia do conjunto interessa.
MARCELO CASTILHO AVELLAR, Estado de Minas, 13/11/2002
MOLEQUE - LEMBRANDO GONZAGUINHA - 2003
DIREÇÃO: Julliano Mendes
DIREÇÃO MUSICAL E ARRANJOS: Marcelo Z
ROTEIRO: Flaviano Souza e Silva
ATUAÇÃO: Geuder Martins e Katiane Negrão
EXECUÇÃO MUSICAL: Ana Cristina, Chiquinho Bastos. Érika Curtis, Hazenclever Luís, Marilene Clara, Marcelo Magrão, Marcelo Z, Maxsuel Marcelo, Samuel Dângelo
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Geuder Martins
Há exatos 11 anos o Brasil perdia, vítima de acidente automobilístico, o cantor e compositor Luiz Gonzaga Júnior. Para marcar a data, o Grupo Residência, de Ouro Preto, traz a Belo Horizonte Moleque: Lembrando Gonzaguinha, que faz curta temporada no Teatro Marília, de hoje até quarta-feira. O musical que estreou naquela cidade em dezembro relata os últimos dias de vida do cantor-compositor, ambientados em um bar. A idéia da montagem nasceu da constatação do músico da noite Marcelo Barboza, responsável pela direção musical do espetáculo, da ausência de memória do povo brasileiro. Segundo Marcelo, de repente ele passou a observar que o público dos barzinhos em que costuma tocar já não pedia mais a ele para tocar as músicas de Luiz Gonzaga Júnior. A partir da própria morte do ídolo, o espetáculo traça um perfil de Gonzaguinha, mostrando a importância do artista no cenário nacional.
MÁRIO FONTANA, Estado de Minas, 29/04/2003
O CABRA QUE CONHECE O CÉU E O INFERNO - 2004
DIREÇÃO: Julliano Mendes
DRAMATURGIA E ATUAÇÃO: Flaviano Souza e Silva
MÚSICA ORIGINAL: Chiquinho de Assis
EXECUÇÃO MUSICAL: Chiquinho Bastos, Iuri Bittar, Felipe Batiston
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Geuder Martins
ILUMINAÇÃO: Marcelino Ramos
O Cabra que Conhece o céu e o inferno é um espetáculo que tem como base a literatura de cordel e a linguagem toda particular de João Guimarães Rosa, com seu vocabulários de termos e frases típicas do Sertão. Aderaldo de Trafaz é um nordestino insatisfeito com sua condição de "penura" em que a sexa castiga a sua vida e das pessoas a sua volta. Então resolve, como tantos outros nordestinos, tentar a sorte na cidade grande. Ao chegar na cidade ele percebe a dura realidade que o cerca ali naquela "terra sem nome". A partir daí ele torna-se um filósofo, um filósofo forjado pela aspereza da vida dura que sempre esteve a seu lado e, por isso, filosofa de uma maneira bastante particular.
JORNAL PRÓ-MÚSICA, 11/2004
O QUADRATURIN - 2006
DIREÇÃO: Julliano Mendes
ATUAÇÃO: Bartira Fortes, Flaviano Souza e Silva e Geuder Martins
DIREÇÃO MUSICA: Sabrina Silva
EXECUÇÃO MUSICAL: Sabrina Silva e Zacca
FIGURINO: Geuder Martins e Gisele Queiroga
Eis do que trata “O Quadraturin”: do homem e de seu espaço. Sutulin é um cidadão comum que vive sob um regime totalitário. Mora em um pequeno apartamento de 8 m2, ou nem isto. Tudo que ele tem, não tem, é tudo do estado, que tortura, mata e envia para os confins da Sibéria aquele que não se enquadrar ao sistema. Além disso nosso herói é vigiado pela senhoria dos apartamentos, uma nada convencional funcionária da causa pública.
Certo dia entra no apartamento de Sutúlin um homem azul (“tinha uma aura azulada”), vermelho (“bochechas vermelhas como uma moça envergonhada”) e branco (“um largo sorriso branco”). Este estranho homem tricolor oferece a Sutulin o Quadraturin, um produto capaz de aumentar a área interna do seu quarto. Entorpecido pela aparente eloqüência do homem, Sutulin aceita o produto e o utiliza, mas algo errado acontece: o seu quarto cresce indefinidamente e aquilo que deveria ser um sonho passa a ser um enorme e indestrutível pesadelo.
RATO DO SUBSOLO OU O ÓDIO IMPOTENTE - 2009
DIREÇÃO E DRAMATURGIA: Julliano Mendes
ATUAÇÃO: Aguinaldo Elias, Daniel Sapiência, Fred Lima (depois Julliano Mendes), Geuder Martins
CENOGRAFIA: Fernando Ancil
MÚSICA ORIGINAL: Makely Ka e Patris Rocha
IDENTIDADE VISUAL: Sandro Eduardo
Teatro e videoarte se encontram no palco do Galpão Cine Horto a partir de hoje,em Rato do subsolo ou o ódio impotente. O espetáculo do Grupo Residência, de Ouro Preto, aborda o inquietante Memórias do subsolo, clássico do escritor russo Fiódor Dostoiévski, usado como fonte de pesquisa da montagem. A companhia não pretende, entretanto, levar para a cena a totalidade da obra. Diretor e dramaturgo do grupo, Julliano Mendes conta que, instigados pela filósofa Iracema Macedo, ogrupo passou quatros meses se dedicando à leitura do clássico, para depois abandoná-lo e dar forma a novo texto, construído coletivamente. “Cada ator criou seu próprio rato, partindo das histórias pessoais e se inspirando em personagensdacidadedeOuroPreto”, explicaodiretor. “Nossa atenção se voltou para pessoas que vivem àmargem da sociedade e se alimentam dessa forma de exclusão."
JANAÍNA CUNHA DE MELO, Estado de Minas, 17,09,2009
PEQUENAS COISAS GRANDES - 2013
DIREÇÃO, ADAPTAÇÃO E ATUAÇÃO: Julliano Mendes
DIREÇÃO E EXECUÇÃO MUSICAL: Henrique Rocha
Remontagem de "Os Cadernos", de 2001, Pequenas Coisas Grandes também é adaptado de Os Cadernos de Malte Laurids Brigge, do escritor tcheco Rainer Maria Rilke A montagem apresenta as reflexões finais de um homem de 28 anos. Anotadas num velho caderno, as reflexões conduzem o espectador a um universo profundamente poético, aflorados exatamente pelo medo da morte. Ao sentir a proximidade do fim, o personagem descobre um universo novo, lúdico e inusitado, onde nada é mais o que parece ser.
“Estou aprendendo a ver. Não sei o que provoca isso. Tudo penetra mais fundo e mim e não para no lugar em que costumava terminar antes. Agora tudo vai dar aí. E não sei o que aí acontece.”
AMORES E DORES NO PAÍS DAS FLORES - 2015
DIREÇÃO E DRAMATURGIA: Julliano Mendes
ATUAÇÃO: Dalila Xavier,Francisco Minervino, Haylla Rissi, Julliano Mendes e Thiago Meira
FIGURINO: João Paulo Sousa e Márcio Masselli
ADEREÇOS: Daniel Ducato
Amores e Dores no Pais das Flores é ambientada na antiga Vila Rica, e conta as desventuras de amor, dinheiro e poder de sete personagens: Hortelino, Aquele que Tem o Queixo Fino ama Tiadorim, a filha do prefeito, que ama Romeu que também é amado por Hérmia, que é amada por Juvenal, que é cúmplice dos planos de Décio para
roubar a fortuna de seu patrão, Joaquim José da Silva Xavier, que ama seu dinheiro que misteriosamente sumiu.
Premiada pela Funarte com o Funarte Artes na Rua 2014, Amores e Dores no País das Flores faz referências irresponsáveis a diversos artistas e movimentos relevantes da história da arte, de Shakespeare a Guimarães Rosa, de Aleijadinho e Drummond ao Grupo Galpão. Com estética aproximada do teatro de bonecos, mas toda realizada com atores, a peça surpreende por uma dramaturgia inédita que teve como ponto de partida o Cannovaccio de Commedia Dellarte ‘A Falta com a Palavra Dada’. Amores e Dores no País das Flores é uma Commedia Dellarte
Colonial Brasileira.
O QUEIJO - UMA COMÉDIA SÓRDIDA - 2018
DIREÇÃO E DRAMATURGIA: Julliano Mendes
PRODUÇÃO: Nadja Dulci, Liana Farias, Lídia Oyo
ATUAÇÃO: Dina Brandão, Nadja Dulci, Paula Passos, Vanderlei Costa e Wol Nunnes
CENOGRAFIA: André Santangelo
FIGURINO: Vanderlei Costa
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO E PRODUÇÃO: Artur Cavalcante
MÚSICA ORIGINAL: Ramiro Galas
Quatro mulheres ante uma mesa de chá. Outra morta no banheiro. E um segredo e uma obsessão delas: o queijo. A busca pelo laticínio dá, ao texto, quase um caráter policial. No palco estão Dina Brandão, Nadja Dulci, Paula Passos, Vanderlei Costa e Wol Nunes que dão vida respectivamente a Sarah, Gabriela, Barbra, Debra e Elizabeth.
“Que segredos esconderiam estas senhoras? Até que ponto sustentá-los? Aquilo ali é o retrato de suas vidas? Ou aquilo ali também é teatro? Teatro dentro do teatro? Mas o que estas mulheres representam? A falência do casamento como instituição? O acondicionamento da mulher a um mundo paternalista e machista? A percepção que a liberdade só é possível na intimidade? Esta é, como está anunciado, uma comédia sórdida. Portanto, não se preocupa com nenhuma destas perguntas, embora saiba que, no seu decorrer, ensaie respostas. Respostas sórdidas. Com a consciência, porém, de sua inutilidade. Porque não existem, para estas mulheres, verdades absolutas. ‘A única verdade absoluta é o queijo.’
LITERATURA PRA DANÇAR - 2019
PERFORMER, DIRETOR, LETRISTA E PRODUTOR: Julliano Mendes
DIRETOR MUSICAL, ARRANJADOR, PRODUTOR MUSICAL E DJ: DHenrique Rocha
*a força da música feita pra falar*
Reverenciando cordelistas, repentistas e rappers, que trabalham na convergência entre música e narrativa, o multiartista Julliano Mendes apresenta, em parceria com o produtor musical e pesquisador Henrique Rocha, sua performance multimídia: Literatura pra Dançar! O conjunto de narrativas mistura visão social crítica, irreverência poética e batidas atraentes. A proposta converge som e texto com projeções de poemas visuais que oferecem ao público uma experiência de imersão nos universos narrados. O temas são divididos em cenas, ou faixas. Cada uma encerrando temas pertinentes ou digressões filosóficas. Ou ambos!